Confissões de uma Mãe que Trabalha em Casa

Estou escrevendo esse texto especialmente pra mãe que trabalha em casa assim como eu e principalmente praquela mãe em que o filho ainda não vai pra escola. Sim, parece uma tarefa quase que impossível. E será que não é? rs

Bem, vou começar contando um pouquinho sobre como foi esse meu (nosso) processo de escolher trabalhar em casa e ter um filho ao mesmo tempo, já que uma coisa levou a outra e vice-versa.

Quando o Joaquim ainda estava na barriga resolvemos trazer nosso escritório pra dentro de casa. Já tínhamos vivido a experiência de trabalhar em casa em outro momento e sabíamos o tamanho do desafio. Porém nós não tínhamos ideia do que seria trabalhar em casa com um bebezinho junto.

Eu já estava decidida a dar um tempo do trabalho nos primeiros meses pois queria me dedicar e focar no meu filhote e em mim mesma. Uma coisa que aconteceu foi a de que o pai também acabou mergulhando fundo no mundo do bebê e nem conseguiu trabalhar direito nos primeiros dias e meses. Aquele momento foi tão intenso que acabamos nós dois imersos naquela nova vida. Realmente uma nova vida estava começando pra todos os envolvidos. Uma nova jornada.

Acho que isso aconteceu por diversos fatores. Mas voltando ao assunto principal, nosso estilo e ritmo de trabalho foi totalmente reformulado. Eu estava in off voltada totalmente pro filhote. E o pai que queria estar presenciando tudo trocou o horário de trabalho diurno pelo noturno e assim ele conseguia trabalhar a noite no silêncio e ainda de quebra me ajudava na madrugada com o bebê. E depois ele dormia até mais tarde pela manhã.

Isso aconteceu nos primeiros dias e meses e ao longo das fases a nossa rotina foi se transformando e se estabelecendo de acordo com as necessidades.  As necessidades de cada um. Parece que as coisas foram se encaixando meio que naturalmente e seguindo um ciclo.

Eu tinha uma ideia totalmente equivocada de como era trabalhar em casa com filho. Achava que era fácil e que enquanto a mãe trabalhava a criança ficava brincando sozinha e tranquila (sabe nada inocente!).

Ledo engano porque isso nunca aconteceu por aqui. Meu filho sempre gostou de ter alguém pra interagir, teve fases em que queria muito estar no colo (santo sling), fases em que queria mamar o tempo todo (viva a livre demanda), fases em que queria brincar, brincar e brincar, e sempre em boa companhia é claro.

Com o tempo fui percebendo o quanto isso é normal, é natural. E o quanto eu realmente não entendia nada do assunto (risos). É claro que a criança vai querer alguém pra interagir e pra compartilhar as brincadeiras quase que o tempo todo. Percebi que quando não estamos vivenciando de fato a situação tudo fica no ilusório, no fantasioso. Na vida real e na prática as coisas geralmente são bem diferentes e só vivendo pra saber. Além de que cada experiência e estilo de vida são únicos.

Hoje depois de mais de dois anos do Joaquim ter nascido é que estamos conseguindo estabelecer uma rotina de trabalho (um pouco) mais organizada.  Sinto que estamos sempre reinventando e recriando nosso dia a dia.

Quero preparar em breve um texto com dicas do que tem nos ajudado nessa empreitada que é trabalhar em casa com filho pequeno.

Se você também é mãe (ou pai) e trabalha em casa vou adorar trocar ideias contigo sobre esse assunto. 🙂