Casa Estranha com Gente Esquisita

 

Quando comecei a escrever esse texto da Casa Estranha com Gente Esquisita lembrei daquela música do Renato Russo que diz “festa estranha com gente esquisita…”. Na verdade achei esse título um pouco engraçado porém muito verdadeiro (principalmente aos olhos de quem não tem filhos).

E pensando nisso lembrei de um filme norte americano que assisti esses dias onde mostra a história de amigos e como suas vidas se transformaram depois que alguns tiveram filhos e como a casa deles também mudou e o quanto isso chocava seus amigos sem filhos… até que estes tiveram filhos! Tão simples e óbvio assim rsrs.

Percebo que mesmo acontecendo isso – essa mudança toda dentro de casa depois que os filhos chegam – muitos de nós ainda continuam com a casa do mesmo jeito que era antes e com aquele pensamento de que é a criança que tem que se adaptar a casa (e seus perigos) e não o contrário.

 

Muito já pensei sobre isss e então comecei a me perguntar:

A minha casa é feita pra quem?

Quais são as necessidades de quem vive nela agora nesse momento?

 

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Por aqui depois que meu filho nasceu comecei a sentir o espaço casa como um espaço um pouco frio, que não estava se adaptando muito bem a mim e a ele. Comecei a pensar no quanto as casas não são pensadas pra receber a mãe e o bebê. O quanto as casas de hoje não são pensadas e preparadas pra bebês / crianças e também (e muito importante) pra mãe dessa criança. Ou pros principais cuidadores que passarão a maior parte dos seus dias e noites com esse novo ser.

Está tudo tão reto, moderno, retilíneo, pontiagudo, perigoso. Eu mesma como arquiteta e agora mãe comecei a repensar e muito minhas próprias opiniões em relação a isso. Sem contar na questão do enxoval perfeito que é vendido pras mães nas propagandas e programas de TV e que depois não é usado nem a metade de todo aquele consumismo insano.

Voltando a casa, uma das coisas que percebi foi como as camas são altas. E os sofás também! Numa fase onde o bebê começa a engatinhar e a explorar os móveis nós ficamos tão atentos a cada movimento que chega a dar um frio na espinha só em pensar no filho caindo, ou batendo a cabeça em uma das milhares de quinas existentes pela casa. E isso desgasta física e emocionalmente uma mãe e um pai. E acho que a criança também deve ficar exausta de escutar tantos nãos aflitos.

 

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Enfim, pensando e vivenciando esse certo desconforto chegamos a algumas (muitas) transformações em nossa casa. Resolvemos deixar tudo da melhor maneira possível pra todos nós naquele momento. E ir modificando e ajustando conforme as necessidades fossem surgindo.

Por aqui optamos pelo quarto sem berço no estilo Montessori e pela cama compartilhada. Claro que essa foi uma decisão nossa e bem pessoal, devido ao nosso estilo de vida e das nossas necessidades pra chegar numa solução onde principalmente eu e o bebê ficássemos bem.

O chão da casa também passou a ser um lugar pra se estar e brincar. Muitas almofadas e tatames de todas as espécies se espalharam por aqui. Em todos os ambientes. E sabe que eu gostei? Sim estou adorando esse novo mundo de explorações da casa. Estou até vendo as coisas de um novo ângulo (literalmente rs).

 

Um mundo de novas possibilidades.

 

Espelhos na altura do filhote. Barra de apoio. Mesa mais baixa. Brinquedos ao alcance. Muitos colchonetes e almofadas.

Depois dessa experiência acredito que cada família deve fazer o que acha melhor na sua casa com bebê, independente se é moda, se a vizinha faz ou não, se a tia aprova, do que os outros vão pensar ou do que aparece na TV ou na revista, porque o importante é ser feliz. E pra isso bem estar e liberdade é fundamental!

 

A nossa casa é o nosso lugar sagrado.

 


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Roberta

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