Era uma vez uma Casa Encantada…
Vamos imaginar a nossa casa do ponto de vista do bebê e da criança.
Vamos nos imaginar sendo um bebê ou uma criança. O que na verdade já fomos um dia.
Feche os olhos, respire fundo algumas vezes e imagine você como um bebê ou uma criança pequena.
Se você tiver filhos, se imagine com a idade que ele está nesse momento.
Agora visualize a sua Casa…
Como você se sente? Onde você vive?
Como é esse ambiente?
Você se sente acolhido, seguro e livre ao mesmo tempo?
Fazer esse exercício nos leva a um outro mundo, a um outro universo. O universo do bebê. O universo da criança.
A uma outra escala, outra dimensão, outra percepção.
A perceber a casa como uma Casa Encantada.
Quanta coisa legal! Quantos cantos interessantes!
O que tem por ali? O que está acontecendo lá?
Quantas cores. Texturas. Sons. Cheiros.
Uma casa encantada cheia de lugares para explorar. Cada cantinho pode se tornar um portal mágico. Lúdico.
As fases do bebê vão mudando, e muito rapidamente. O tempo ganha outra dimensão. O que ontem era maravilhoso e funcionava muito bem hoje já não faz mais sentido. E cada momento se torna precioso. Assim também uma casa com bebê vai mudando e se transformando conforme as fases e as necessidades.
O bebê começa a explorar a casa mais e mais. Ele quer fazer parte dela. Ele quer ser um integrante da casa. Nada mais justo e natural.
Maria Montessori estudou sobre a importância da autonomia da criança no ambiente onde ela vive e convive. Na sua visão os espaços devem ser preparados pra receber essa criança e pra atender a sua demanda e necessidade, conforme a idade e desenvolvimento.
Quem não gosta de ter acesso e autonomia em sua própria casa?
Ambientes preparados para que a criança viva de verdade.
Cresça. Se permita. Vivencie. Explore. Curta.
Assim é uma Casa Encantada. E assim pode ser a nossa casa.
“As crianças parecem ter a sensação de seu crescimento interior, a consciência das aquisições que fazem desenvolvendo-se a si mesmas. Elas manifestam exteriormente, por uma expressão de felicidade, o crescimento que se produziu nelas“. Maria Montessori