Quando nos tornamos mãe passamos por um processo de despedida interna.
Daquela que fomos.
Daquela que ainda somos.
Daquela que não está mais ali. Daquela que tanto gostamos. Daquela que nos apegamos.
Daquela que nos permitiu estar no aqui e agora.
Daquela que ainda somos.
Daquela que não está mais ali. Daquela que tanto gostamos. Daquela que nos apegamos.
Daquela que nos permitiu estar no aqui e agora.
Aquela parte nossa que está se transformando. Aquelas partes.
São partes de um todo. Uma despedida de partes de uma vida. Uma história. A nossa história.
Se abrindo ao novo no tempo que for. No tempo que tiver que ser. Que acontecer. Assim como num trabalho de parto. Dilatando para se abrir. Para parir.
A dor que vem e vai. Dói. Se tornar mãe dói. Uma dor de crescer com a vida. Encontrar o novo. Se deparando com as partes novas que chegam sem que consigamos controlar.
A transformação daquilo que fui para aquilo que sou e estou agora. Numa constante. Como uma metamorfose. A metamorfose maternante.
Ilustração @spiritysol 🌺